Era isso, havia acreditado nas palavras não ditas e confiado num beijo quente de verão. Alguns segundos após as risadas, falou com convicção "Eu te amo". Do outro lado, silêncio, e depois de três segundos "Um beijo". "Beijão", retribuiu o primeiro. Semanas passariam sem um encontro físico, falta de tempo. "Minha vida está uma loucura", " Tranquilo, imagino... mas olha, vou fazer um almoço bacana amanhã, por que você não vem?" . "Tá, que horas, então?". "Depois da sua faculdade.". "Meio dia e trinta, fechado!". Não foi, não irá, não frequentrá os mesmos espaços, nem as mesmas pessoas. Não comerão no mesmo prato. Não mais se amarão no mesmo sofá-cama, não suarão os mesmos lençois; tendo isso ocorrido apenas uma vez e sabe-se lá por qual motivo, talvez o simples fato do outro não ser tocado pelo um; de um toque profundo daqueles poucos que ocorrem em nossas vidas. A mão não esteve na luva, a luva não coube na mão; não naquele momento, nem numa futura tentativa. Luva antiga, mãos que crescem.
Preguiça de contar tudo, então eu miniconto!
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
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Um comentário:
Uma surpresa boa!
Meu coração ficou apertado da primeira palavra até a última!
Lindo texto!
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